sábado, janeiro 20, 2007

a água e o mel

pollock


luto entre duas formas de amor
a que mantém minha alma
cravada ao corpo, sublime
a outra que persegue
vorazmente o desejo
de realizar-me, aqui e agora
uma platônica
a outra conturbação do apetite
luto
respiro em urgência
quero sentir mas,
quero possuir
quero ser raiz
preciso ser liberdade mas,
quero a memória
quero o sempre
minha luta é um labirinto
corro pra sair mas,
por vezes quero ficar
minha alma desenrola
o fio do doce amor
meu corpo agita-se, febril
o fio do carnal amor
enlouqueço
porque quero e não tenho
tenho e não possuo
possuo mas não é meu
amo para além do real
para além do filosófico
para além de onde habito
quero seu corpo
nele fazer moradas
quero sua alma
nela fazer prazeres
doce-amor, carnal- amor
luta sensível, inteligível
alma no corpo
desejo no aqui
quero agora
ser sua alma
seu desejo
seu corpo
amor
permanente alimento.


Tela do extraordinário jackson pollock - Los postes azules. 1953. Colección Mr. Y Mrs. Ben Heller, Nueva York.

14 Comments:

Anonymous Anônimo said...

para além de admirar imenso o pollock, gostei muito de te ler. J.

sáb. jan. 20, 07:24:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

OLá.

Muito desejo, muito amor e Sempre muita posse. Bem escrito.

:)

Bjs

sáb. jan. 20, 09:14:00 PM  
Blogger della-porther said...

Non

é posse sem significar aprisionar. pois inevitávelmente, quem ama possui posto que desfruta.
assim deve ser.
beijos

della

dom. jan. 21, 10:26:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

olá, desculpa não ter respondido antes. estou sem concentração. a recuperar lentamente. muito lentamente. 20 min no máximo. termo é depressão mas muitos associam a tristeza e não estou triste. só parada e estafada.

:)

obrigada!

dom. jan. 21, 03:27:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

p.s. adoro pollock mas não li o poema, é longo

dom. jan. 21, 03:27:00 PM  
Blogger Daniel Aladiah said...

Quantas vezes amo assim, como se fosse insaciável esta vontade de amar...
Um beijo
Daniel

dom. jan. 21, 06:58:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

dellita -môre -mustafá!

concordo a 100% com a NON.

amor é ,acima de tudo ,liberdade .a posse abafa .constrange .limita e destrói .amar exige espaço ... se não ... já viste que até os pássaros ( não me refiro aos de gaiola )quando aprisionados deixam de cantar?


beijocas ,môre!

dom. jan. 21, 09:16:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá!
Obrigado pelo teu comentário.
O poema é teu?
O amor é pão, é a água com que alimento o corpo.. até o coração ;)
O teu blogue é muito mas muito interessante beijo

seg. jan. 22, 07:18:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

E se a posse fosse... um passeio de ida e volta?

ter. jan. 23, 12:22:00 PM  
Blogger maria inês said...

passei para deixar um olá e um sorriso! amanhã volto com mais calma para ler!!!

**:))))))))))

ter. jan. 23, 04:56:00 PM  
Blogger Non said...

Oi della, pq e que o meu comentário saiu como anónimo? Nunca comento assim.

Tu sabes do que falava, Menina. :)

Bjs

MT bonito o blog. Quem foi o construtor/a?

qua. jan. 24, 08:40:00 PM  
Blogger Susana Miguel said...

:)


Passo, fico mais um bocadinho e deixo um beijo
de boas noites.

qui. jan. 25, 06:20:00 PM  
Blogger Alice e Vicente said...

dellita -môre -mustafá!

nunca mais disseste se já consegues colocar as músicas através do nosso site ou por aí continua em construção - isto é - sem possibilidade de entrada .diz qualquer coisa.

beijos!

ter. jan. 30, 08:30:00 PM  
Blogger emedeamar said...

Desejo, essa Força que dá corpo ao Amor!
gostei!
beijossss!

seg. abr. 16, 09:24:00 PM  

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