quinta-feira, maio 25, 2006

Sem Fronteiras


Ergui as vistas sobre os telhados
Na direção de sua presença
Vejo as dobras das esquinas
Que seus passos deixaram rastros
A lateral da catedral é de contornos leves e delicados
Estão manchadas de suor
De sua mão, que acabou de passar
O contorno das pedras do cais
Assinala o desenho do seu quadril
Que acabou de levantar
As portas, de ferro liso, da estação
Abertas permanecem
Cumprimentando o seu atravessar
O banco verde da praça
Espera que nele você venha descansar
Um poema estou descrevendo
Lá do alto, na direção do céu azul
Lá de cima, sinto, o meu amor é maior
Nos braços vigorosos
Que cada traço livre vou eternizar
Arrogante fiz meu desejo
Quando construí cada pedaço de rua
Nelas, caminhas serena
Como o movimento das ondas
Você é meu milagre
Estranho milagre
Sem fronteiras
Maravilhoso a me abraçar.

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