quarta-feira, março 28, 2007
sábado, março 10, 2007
chuva que faz lembrar
a chuva
ajuda-me a lembrar
meu amor não é sonho interrompido
não é luto nem vazio
o amor ...minha identidade
arde em instantes de sono e vigília
arde em instantes acordados...
ponto absoluto
desejos que não conduzo ao fim
pois muitas são as encruzilhadas do meu amor
verdade sem mascáras dessa modernidade
inverte passado em futuro
é minha memória em construção
porque não sei ao certo
quando será chegada a hora
o dito aos ventos
para não ser esquecido
um amor intensamente vivido
um amor que não se esconde
não teme amar
manifesta-se, confronta-se
não pede desculpas por existir
a chuva
ajuda-me a dize-lo
a dar significado ao desconhecido
posto que está no coração de minha cidade
na contramão da história
insistindo em dar-me alegrias
enquanto o mundo tenta arrancar-me
o que tenho de bom
meu amor resiste, serenamente
à reconciliar-me com o turbilhão da modernidade
a única paixão que permanecerá valendo a pena.