roubei ...
o comboio para e a noite fecha.
a outra casou-se um dia contigo. como aconteceu?
amor. sim amor.
mas saber amar? isso era com outro. o da poesia da noite e do dia. da terra fecunda. o dos pôr-de-sol. aquele que olhava dentro dos meus olhos e me via a alma. aquele para quem eu não precisava já sequer falar.
escrevo sobre amor?
que coisa tão estranha!
entro noite adentro e vejo tão bem como um cego que foi treinado para assim viver para sempre.
éramos da noite éramos do dia éramos da vida e a vida parou.
parou o comboio. a vida? também. eu sobrevivi?
se me olham e vêem...
dele que ficou?
toda a magia que agora me assola. me move me impele me rasga e consola. o grito o murmúrio o beijo por dar. aquele desejo que ficou na terra sem que haja alguém para o saciar.
da noite era ele.
da noite e do dia. da vida. para a vida. da morte. e eu sou morte?
não. nem ele iria deixar que o seguisse...
*
perdoa. perdoa. amanhã, prometo o dia é para ti.
contado por weg aí p'las
a texteira: http://decaminho.blogspot.com/
WEG GUARDARÁ OS PORTÕES DO CIDADE ATÉ A MINHA VOLTA. DELLA-PORTHER
Edyta Pilichowska
agora não posso falar mais de livros de montes de serras. por agora não.
tu és tão do dia como esse teu riso na minha cabeça.
da noite sou eu.
a que não conheces. que viste sem ver. olhaste-lhe a máscara sobre o rosto magro. vias-lhe as cores de tintas baratas. cheiro a camarim.
agora não posso falar mais de livros de montes de serras. por agora não.
tu és tão do dia como esse teu riso na minha cabeça.
da noite sou eu.
a que não conheces. que viste sem ver. olhaste-lhe a máscara sobre o rosto magro. vias-lhe as cores de tintas baratas. cheiro a camarim.
a outra casou-se um dia contigo. como aconteceu?
amor. sim amor.
mas saber amar? isso era com outro. o da poesia da noite e do dia. da terra fecunda. o dos pôr-de-sol. aquele que olhava dentro dos meus olhos e me via a alma. aquele para quem eu não precisava já sequer falar.
escrevo sobre amor?
que coisa tão estranha!
entro noite adentro e vejo tão bem como um cego que foi treinado para assim viver para sempre.
éramos da noite éramos do dia éramos da vida e a vida parou.
parou o comboio. a vida? também. eu sobrevivi?
se me olham e vêem...
dele que ficou?
toda a magia que agora me assola. me move me impele me rasga e consola. o grito o murmúrio o beijo por dar. aquele desejo que ficou na terra sem que haja alguém para o saciar.
da noite era ele.
da noite e do dia. da vida. para a vida. da morte. e eu sou morte?
não. nem ele iria deixar que o seguisse...
*
perdoa. perdoa. amanhã, prometo o dia é para ti.
contado por weg aí p'las
a texteira: http://decaminho.blogspot.com/
WEG GUARDARÁ OS PORTÕES DO CIDADE ATÉ A MINHA VOLTA. DELLA-PORTHER